domingo, 22 de maio de 2011

A difícil arte de "ser" humano



Nossa... Há quanto tempo o “Escrevedora” está “parado”... Vários foram os motivos que me levaram a dar um tempo nas postagens... sendo o principal deles a falta de tempo! Ontem, porém, vi um filme maravilhoso... Tendo em vista a riqueza temática e a variedade de sensações transmitidas por ele... resolvi compartilhar tal “tesouro’.


Pode parecer ironia, ou até mesmo uma piada de muito mau gosto, mas os seres humanos nunca estiveram tão distantes uns dos outros. A ideia de que a tecnologia aproxima as pessoas, torna-se cada vez menos convincente. Afinal, o isolamento causado pelas “grandes redes sociais” soa como um grande paradoxo: pessoas exibem centenas de “amigos virtuais”, apesar de não saberem sequer o nome do vizinho que mora ao lado.
Quem já recebeu uma carta, escrita à mão, entregue pelo carteiro, compreende muito bem do que estou falando... Não dá para comparar com a frieza do e-mail.
Calma... não precisa se revoltar... Não sou contra a tecnologia (acho até mesmo difícil imaginar a vida sem o google), mas uma coisa não exclui a outra, ou seja, apesar de ser adepta das novidades digitais, não posso fechar os olhos para a complexidade humana, a qual, (in)felizmente, nem mesmo a precisão de um software é capaz de desvendar.

Complexidade do ser humano...




O diretor australiano Adam Elliot, de 38 anos, é um homem de coragem. Levou o Oscar de melhor curta de animação em 2004 por Harvie Krumpet e agora faz sua estreia no longa-metragem em um projeto bastante ousado. Trata-se de "Mary e Max — Uma Amizade Diferente", filme realizado com massinha de modelar, praticamente todo narrado, que apresenta temas pesadões como suicídio, desemprego e obesidade. Obviamente, não dá para indicá-lo às crianças. Mas sua mistura agridoce de drama e humor pode cair no agrado dos adultos. Segundo o cineasta, a trama tem inspirações reais. Começa em 1976, flagrando o cotidiano de Mary Daisy Dinkle, uma menina australiana de 8 anos que mora num subúrbio de Melbourne. Ignorada pelos pais, a garota está curiosa para saber de onde vêm os bebês. Por isso escreve, aleatoriamente, a um estranho de Nova York. Lá nos Estados Unidos, Max Horovitz recebe a carta dela. Gordo, solitário e sem emprego, esse judeu de 44 anos encontra conforto nas palavras da nova amiga. Mary e Max descobrem, então, paixões em comum, entre elas o chocolate, e se correspondem por quase duas décadas.

http://vejasp.abril.com.br/cinema/mary-max-uma-amizade-diferente (Abril de 2010)


O filme Mary e Max – uma amizade diferente desencadeou uma série de reflexões acerca de assuntos variados. Amizade, solidão, sonhos... Temas universais abordados de forma cômica e comovente pelo diretor Adam Elliot.

O ser humano. Sua beleza. Sua complexidade.

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