sexta-feira, 26 de junho de 2009

Liberdade...

Vênus e a gata – Fábula de Esopo


Uma gata se apaixonou por um rapaz e pediu por favor a Vênus que fizesse com que ela virasse moça, pois achava que assim podia conquistar o rapaz. A paixão era tanta que a deusa ficou com pena e transformou a gata numa linda garota. O rapaz se apaixonou por ela no mesmo instante e pouco depois os dois se casaram. Um dia Vênus resolveu verificar se a gata tinha mudado por dentro assim como tinha mudado por fora e mandou um rato passear pelo quarto onde estava o casal. A garota, completamente esquecida de quem era, correu atrás do rato para agarrar o bicho. Parecia que estava querendo comer o rato na mesma hora. A deusa, vendo aquilo, ficou tão chateada que imediatamente transformou a moça de novo em gata.

Moral: A aparência pode ser mudada, mas a natureza não.

Engraçado... li hoje essa fábula e embora não concorde 100% com ela, não pude deixar de reconhecer a sabedoria de Esopo...


Após vários dias de ausência, a própria escrevedora estranha o motivo desta postagem... Pode parecer loucura, mas apesar da falta de tempo, senti uma imensa necessidade de escrever acerca de um assunto que a esta altura já está mais do que comentado: a morte de Michael Jackson. Não sou fã, ou qualquer coisa do tipo – apesar de admirar sua criatividade e talento em arrebatar multidões. O que me leva a dedicar estas linhas ao “astro pop” – como os telejornais repetem a todo momento – é a personalidade contraditória de Jackson.
Iniciei este blog falando sobre liberdade. A conturbada vida (e morte) do cantor norte-americano me conduz mais uma vez a esse tema. Afinal, Michael Jackson conheceu os extremos: desde a adoração inveterada dos fãs e a riqueza surreal, ao inferno de uma alma incompreendida (e muitas vezes ridicularizada).
Pedófilo? Louco? Gênio?... Poderíamos utilizar diversos adjetivos na tentativa de decifrar um ser humano tão singular, mas seria praticamente impossível alcançarmos um consenso. Por isso, deixo aqui minha humilde opinião: na quinta-feira, 25 de junho de 2009, uma alma extremamente infeliz, sedenta de liberdade, deixou um corpo que buscava se adequar a um padrão de beleza inalcançável.

Moral: A aparência pode ser mudada, mas a ALMA não...


Até a próxima!

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