quinta-feira, 30 de abril de 2009

Nas asas de um longa-metragem...



Volta e meia falo neste blog a respeito de liberdade. Seja nos contos ou nos fatos cotidianos, parece que este tema me segue de tal forma que, enquanto me via no difícil dilema de selecionar o filme que marcou a minha vida, acabei me deparando com um fato que até então havia passado despercebido: os filmes que despertam minha admiração tratam (explicitamente ou não) sobre as diversas formas de sermos livres.
Eu poderia falar sobre Um sonho de liberdade, no qual o tema já está no nome, ou sobre Forrest Gump (a cena da peninha voando no fim, embalada por aquela música linda, ainda me emociona). Poderia citar até mesmo As Crônicas de Nárnia, um filme supostamente infantil, com um maravilhoso “ar literário”... Poderia falar de tantas obras cinematográficas... Tantas cenas que me emocionaram, revoltaram ou simplesmente me fizeram esquecer da vida!... Mas, o que considero mais importante que as características de cada filme, é a capacidade que o cinema possui, de modo geral, de nos deixar livres! Podemos em um piscar de olhos ir ao outro lado do mundo (ou visitar lugares imaginários), ou simplesmente ver a representação de nossos problemas cotidianos.
Por isso, é difícil falar de predileção depois de ter sapateado com Billy Elliot, ter atravessado a Europa para realizar O resgate do soldado Ryan e ter visitado o oriente guiada pelas Memórias de uma gueixa... Ao acompanhar as agruras de três órfãos que viviam Desventuras em série, voltei a ser criança... sem contar que só aprendi como A vida é bela, com as situações vividas por um pai que provou ser possível mostrar a seu filho a face mais formosa de uma tragédia.

Foi, no entanto, na sensibilidade de um músico polonês que pude perceber que a sétima arte tem o poder de penetrar na alma...


Baseado na biografia do pianista Wladyslaw Szpilman, O pianista conta a história de um músico que vê sua cidade, Varsóvia, ser tomada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. Embora não seja a pessoa mais qualificada para comentar aspectos técnicos – uma vez que ao assistir um filme dou prioridade à narrativa -, não posso deixar de comentar a riqueza da caracterização da época, além das excelentes atuações dos atores.
Pensar que varias situações apresentadas no filme fazem parte das recordações de infância do diretor Roman Polanski acentua o fascínio que sinto pela história. O pianista faz não somente com que vivenciemos os horrores da Segunda Guerra, como também nos desperta valores humanos que geralmente fazemos questão de ignorar.

Eis o fascinante poder do cinema: proporcionar desde a diversão imediata ate a mais profunda reflexão.
Ate a próxima!
OBS: Esta postagem possui alguns erros ortográficos pois o meu teclado ficou "maluco".

segunda-feira, 20 de abril de 2009

"Escravo é aquele que não pode dizer o que pensa."
(Eurípedes)

Li essa frase em algum lugar e por algum motivo ela ficava martelando em minha cabeça. Então, decidi, ao menos hoje, deixar as algemas de lado e comentar um dos muitos absurdos que infelizmente aceitamos com uma naturalidade detestável.

Estamos cansados de saber que...

...um astro do futebol pode somar 50 milhões de reais em sua conta bancária.



...um(a) cantor(a) de axé chega a cobrar 200 mil reais por apresentação.


...1 milhão pode ser o cachê cobrado por uma modelo superfamosa para pisar em uma passarela.




Mas, raramente paramos para pensar que...

...quando esses vips sofrem um acidente, muitas vezes, o salário do bombeiro que os socorre não chega sequer a 1000 reais.



E, para completar...


Provavelmente nenhum dos profissionais citados nunca teriam exercido suas profissões se não tivessem passado pelos bancos escolares. E, vergonhosamente, há inúmeros professores Brasil afora ganhando um mísero salário (algumas vezes abaixo do mínimo).

Tenho plena noção de que este post não mudará em nada o rumo das coisas. Mas, embora não seja forte o bastante para mudar a realidade, ao menos sou livre para contestá-la.

domingo, 12 de abril de 2009

É tempo de Ressurreição



Geralmente quando pensamos em Páscoa, somos levados a imaginar mimosos coelhinhos rodeados por ovos de chocolates... Nem nos damos conta do apelo da mídia em nossas mentes... Enquanto isso, o verdadeiro motivo da comemoração, a belíssima história do único homem que teve a capacidade de vencer a morte, vai se apagando com o tempo. Não sei por que, mas a desenvolvida capacidade do ser humano em ser tão egoísta ainda me surpreende. Enquanto estamos preocupados em comprar os chocolates mais caros e mais ricamente embrulhados para impressionar o outro, esquecemos que há dois mil anos um inocente era crucificado (penalidade dada aos piores bandidos da época). Quando tudo parecia perdido e todos lamentavam seu triste destino, eis que Ele surge, VIVO. Certamente não há relato mais belo em toda trajetória humana. E, agora, alguns séculos depois, o que fazemos? Sequer paramos para pensar na grandiosidade dessa história e nos submetemos às mais cruéis leis do mercado. Comprar, comprar, comprar... Acho que esse verbo resume bem o ser humano atualmente. Não quero ser "estraga prazer" (afinal, eu também mergulhei nos chocolates), só desejo que esta data não passe despercebida e que a vitória de Jesus sobre a morte sirva como incentivo para que possamos a cada dia vencer nossos medos, nossas limitações e, sobretudo, nosso egoísmo!


Boa Páscoa para todos!